Foi de Constância (Patrícia Pillar) o show que encerrou Lado a Lado. Como a Carminha (Adriana Esteves) de Avenida Brasil, a megera platinada das 18h deixou as sedas e rendas e foi condenada a terminar os dias não num lixão mas, para ela, quase isso: num sítio sem qualquer luxo, para o qual foi de carroça e carro-de-boi, lembrando a boia-fria Luana que Patrícia interpretou em O Rei do Gado, em 1996.
Novela que manteve a qualidade em alta durante os seus 154 capítulos, a trama de estreia da dupla João Ximenes Braga e Cláudia Lage teve um desfecho mais empolgante do que a maioria. O fechar de cortinas quase sempre é precedido por casamentos, nascimentos e reconciliações previsíveis, mas os autores preferiram encerrar alguns ciclos no penúltimo capítulo, na quinta, deixando o mais pulsante efetivamente para o final.
Como em 1911 não caberia uma prisão a uma dama como a ex-baronesa Constância, ela foi punida na intimidade, pelo marido Assunção (Werner Schünemann). Chegou a passar pela situação “me serve, vadia, me serve”, outro ponto em comum com Carminha – com uniforme de doméstica, foi obrigada a servir o jantar. Na sequência, foi exilada na zona rural. Cinco anos depois de A Favorita, Patrícia compôs uma vilã menos diabólica do que a Flora, mas tão complexa e interessante quanto aquela – não houve uma cena em vão, e cabe destacar ainda a parceria da atriz com Christiana Guinle, a amargurada e ácida Carlota.
12/03/2013
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